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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Criando um Backup simples no Ubuntu


Estava eu com meu Fedora 11-KDE e resolvi instalar o drive da Nvidia, mas depois de instalar, reiniciei o sistema e...modo texto... e modo texto. Simplesmente o ambiente gráfico KDE não funcionava e tentei fazer de tudo para voltar o que era antes, infelizmente não consegui. Fiz a reinstalação umas 3 vezes para tentar acertar, mas nada de bom aconteceu.

O responsável pela parte de video é o diretório /etc/X11, que contem o arquivo xorg-conf, que possui os parâmetros para a configuração do X, fiz Backup desse arquivo e restaurei e nada. Resolvi então pensar em uma solução que me faça tentar e tentar, nunca precisando formatar a partição e reinstalar o sistema. Descobri não somente uma maneira de backup, mas várias, e vou postar aqui a mais simples.


COMPACTADOR DE ARQUIVOS TAR


No Linux há alguns programas de compactação poderosos, que podem fazer milagres se usados da maneira correta. O TAR consegue compactar os arquivos mantendo a estrutura de diretórios e as permissões de arquivos. Imagine que você faça um backup, restaure e as permissões de arquivos tenham sido alteradas. A casa caiu!!! Bem, no TAR isso não acontece, porque devemos usar os complementos certos do comando para não destruir ainda mais nosso sistema. Vamos a que interessa.

CRIANDO UM BACKUP DAS PASTAS PRINCIPAIS DO DIRETÓRIO / (Em modo texto)

O comando é simples, basta você adaptar a sua distribuição, porque pode haver diferenças de nomes de diretórios em uma distro.

Inicie o PC em modo texto,faça login com seu usuário e depois entre como root:

sudo su
[senha]

Vá até o diretório raiz do sistema [/]
cd /

Digite o comando abaixo (caso esteja no Ubuntu ou derivados) e aperte [enter]

tar -cvpzf/backup.tgz --exclude=/proc --exclude=/lost+found --exclude=/cdrom --exclude=/media --exclude=/backup.tgz --exclude=/mnt --exclude=/sys /

Não entendeu?hummm...vamos lá.

#tar = É o programa de compactação que vamos usar nesse backup. No Linux, se não estou errado, ele vem como padrão.

#-cvpzf/backup.tgz = Esse é o complemento do TAR, onde:

c = Cria um novo arquivo
v = O TAR vai mostrar na tela aquilo que vai fazer (modo verbose)
p = Preserva as permissões dos arquivos (lembre-se desse cara!!!)
z = comprime o arquivo em gzip
/backup.tgz = / é destino e backup.tgz é o nome do arquivo que será gerado
--exclude=/PASTA_QUE_QUERO_EXCLUIR_DO_BACKUP = Esse parâmetro possibilita a escolha de uma pasta da raiz que estará fora do arquivo.


Exemplo1: (--exclude=/media) /media é onde ficam os dispositivos montados como HDs,CD/DVD e partições no Ubuntu

Exemplo2: (--exclude=/cdrom) se você tiver com um disco no drive de CD/DVD eles estarão acessíveis em /cdrom

Exemplo3: (--exclude=/backup.tgz) /backup.tgz é nosso arquivo de backup que será gerado na raiz, sendo assim, não queremos um backup dentro de outro.

Esse comando é bom para deixarmos uma pasta que sabemos que não vai influenciar na restauração do sistema. Você pode incrementar para as suas necessidades, pois as minhas são estas acima. Mas com certeza vai funcionar em qualquer Ubuntu e derivados. Em outras distros você terá que ver as semelhanças dos diretórios e adaptar os nomes. Sem mistério.

/ = Veja que no final do comando tem o [/] que é a raiz do sistema Linux. Aqui estamos definindo qual diretório estamos fazendo backup.

Exemplo1: Se você quer fazer um backup da pasta /home seria assim:

tar -cvpzf/backup.tgz --exclude=/proc --exclude=/lost+found --exclude=/cdrom --exclude=/media --exclude=/backup.tgz --exclude=/mnt --exclude=/sys /home

Exemplo2: Se você quer fazer um backup dos seus /home/Documentos seria assim:

tar -cvpzf/backup.tgz --exclude=/proc --exclude=/lost+found --exclude=/cdrom --exclude=/media --exclude=/backup.tgz --exclude=/mnt --exclude=/sys /home/documentos

Bem, o comando para criar o backup foi revelado, agora vamos para o comando que vai restaurar.



RESTAURANDO AS PASTAS DA RAÍZ [/]

Quando você ferra alguma coisa, ma maioria das vezes, é o modo gráfico que fica comprometido. Mas é em modo texto que precisamos para restaurar nosso sistema. Então vamos lá...

O comando é simples, basta entrar novamente como root em modo texto (se você perdeu o modo gráfico só terá essa mesmo):

Faça login com seu usuário e depois como root:

sudo su
[senha root]

Ir até o diretório /

cd /

Digitar o comando para terminar

tar xvpfz backup.tgz -C /

Espere o TAR terminar de descompactar e jogar os diretórios e permissões no seu lugar, dê um reboot e pronto. Você saberá se tudo acabou tanto na compactação como na restauração olhando o led do HD. Se não parar de trabalhar ainda está processando.

Você pode automatizar o backup e a restauração fazendo um shell script que contenha os passos para ambos. Caso tenha dificuldades em entender os comandos leia o manual do tar com o comando "man tar" (sem aspas) em um terminal.

Espero que tenha ajudado :)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Atualizando o Fedora 11 para 12

Nem vou encher lingüiça com essa dica, porque isso nem tem muito oque falar. :)
Gostei do Fedora, mas as inovações estão mais evidentes no novo Ubuntu 9.10, que deixou o Microsoft Seven ultrapassado no tempo.

O Fedora 12 acabou de ser lançado oficialmente, mas o importante nesse sistema é o quesito segurança e facilidade de uso. Ter sempre a nova versão do sistema pode corrigir bugs da versão anterior, mas atualizar uma distro Linux tem suas diferenças

Atualizar o Ubuntu é coisa de criança...Fedora também. :) Vamos aos passos muito "difíceis" para essa tarefa.

Abra um terminal como root e digite:

yum install preupgrade

O comando acima instalará (caso você ainda não tenha) o software necessários para fazer a atualização do sistema. Depois digite o comando abaixo para chamar o programa:

preupgrade

Depois desses passos mortais seu sistema vai baixar os pacotes nos repositórios para fazer a atualização. Bem, espero que eu consiga instalar minha placa Nvidia no Fedora depois dessa atualização. aff

Até a próxima!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fedora 11 - Mais fontes para o seu LInux


Quem curte escrever, trabalha com web ou parte gráfica não dispensa um bom pacote de fontes. No Fedora puro, depois da instalação, dá até pena, não tem nem comparação com o Windows ou outras distros Linux. As fontes conseguem estragar até os sites mais vagabundos que você possa imaginar. Mas esse pequeno problema é coisa do passado.

Se você já possui os repositórios do RPMfusion em seu sistema basta escolher os pacotes abaixo e ser feliz.

Pacote 1 = +/- 290mb (Abra um Konsole e digite o comando abaixo como root)

Esse pacote é gigantesco e só recomendo quem possui uma conexão de verdade.

yum install *-fonts* -y


Pacote 2 = +/- 22mb

Caso você não consiga ter coragem de encarar o pacote acima, instale este abaixo:

yum install -y xorg-x11-fonts* bitmap-fonts ghostscript-fonts

Pacote 3 (complemetar) = +/-3,5mb

Caso você tenha instalado algum pacote anterir, instale esse para complementar

rpm -ivh ftp://distro.ibiblio.org/pub/linux/distributions/peanut/aLinux-12.8/pkgs/contribs/RPMS/msttcorefonts-2.0-1.i386.rpm

Depois desses pacotes seu sistema estará pronto para ficar com um visual melhor.



Fedora 11 - Instalando o repositório RPMfusion


Antigamente para instalar um software em Linux era trabalho para Jedi ou você deveria ter alguma forte tendência para o lado negro da força. Hoje isso em muitas distribuições é coisa do passado, basta apenas um apt-get ou yum para acabar com o sofrimento.

Nem sempre o gerenciador de pacotes pode suprir um software especifico, porque ainda existe aquele que vai precisar do Jedi com conhecimento para instalar na unha, como nos tempos de Linux em puro modo texto. Um exemplo clássico é a instalação do driver da Nvidia em modo texto em muitas distros Linux.

No Fedora também possui um ótimo gerenciador de pacotes chamado yum, que instala e remove pacotes RPM do sistema. Os pacotes ficam em servidores que possuem um endereço, que podem ser adicionados nos gerenciadores de pacotes para que eles busquem o software que estiver disponível. Sem contar as constantes atualizações de sistema e softwares que podem ser baixadas e atualizadas automaticamente sem muito conhecimento do usuário.

Com essa solução, que ganha mais espaço nas distribuições, os gerenciadores de pacotes são parte do sistema, agilizando tarefas e aproximando novos usuários do Linux.

Como já sabemos, mesmo com um gerenciador de pacotes, às vezes não achamos tudo que precisamos, fazendo com que procuremos as soluções alternativas. No Fedora há uma alternativa de repositório que não deixa nada a desejar aos repositórios Debian (no meu caso), ele se chama RPMfusion. Esse repositório é a fusão dos repositórios Livna, Dribble e Freshrpms .

Instalando o repositório RPMfusion

Abra o Konsole e peça direitos de root (su -) e coloque a senha do root. Agora você é Jedi. :)

Digite os comandos abaixo como segue:

rpm -ivh http://download1.rpmfusion.org/free/fedora/rpmfusion-free-release-stable.noarch.rpm

Depois...

rpm -ivh http://download1.rpmfusion.org/nonfree/fedora/rpmfusion-nonfree-release-stable.noarch.rpm


O primeiro possui softwares free e o Segundo nonfree.

Agora você tem acesso a plugins para áudio, vídeo e uma porção de programas para suas necessidades. Linux é coisa de Jedi.

Fedora 11 - Instalando suporte para mp3




A primeira coisa que eu faço quando instalo qualquer sistema operacional é deixar ele no talo para rodar meus DVDs lotados de mp3 no PC. Um bom Player para Linux é o Audacious, mas ter um bom player desses não adianta nada, se ele não estiver preparado para roda o bom e velho formato mp3. :)

No Fedora isso quase me deixou louco, até eu descobrir que nem tudo é igual em mundo Linux. Bastou pesquisar 5 minutos no Google e mais 2 minutos para instalar o suporte completo para esse formato no fedora.

Instalando novos repositórios

Você precisará instalar os repositórios do RPMfusion para que o sistema possa ter acesso aos softwares proprietários que não fazem parte dos repositórios do Fedora. Segue abaixo como você fará esse trabalho complicado.

Abra um Konsole como root e digite:

rpm -ivh http://download1.rpmfusion.org/free/fedora/rpmfusion-free-release-stable.noarch.rpm

Depois…

rpm -ivh http://download1.rpmfusion.org/nonfree/fedora/rpmfusion-nonfree-release-stable.noarch.rpm

Quando tiver terminado em adicionar os dois, você já pode ter acesso a muita coisa que os repositórios oficiais não oferecem. :)

Instalando players e suporte para mp3 (os comandos devem ser digitados como root no Konsole)

Instalando o Audacious e suporte para mp3:
yum install audacious audacious-plugins-freeworld-mp3



Instalando Amarok e suporte para mp3
yum install amarok xine-lib-extras-freeworld

Instalando só plugin audacious:

yum install audacious-plugins-freeworld-mp3


Instalando só o plugin Amarok:

yum install xine-lib-extras-freeworld

Se tudo ocorrer bem você terá instalado um player de audio e o suporte ao formato mp3. Você não é obrigado a usar os players citados acima, mas é bom saber que os repositórios RPMfusion possuem a solução para um pequeno problema. Pesquise na net algum outro player e outras naneiras de chegar ao ponto final.

Fedora 11 - Migrando para um novo mundo


Quando se usa uma distribuição baseada em Debian as coisas parecem simples e sem mistérios, mas às vezes temos que migrar para conhecer novas idéias. Foi assim que resolvi instalar mais um sistema operacional em meu computador.

Resolvi optar pela distribuição Fedora 11, que é baseada em Red Hat. O Fedora tem suporte competente da comunidade, várias instituições de ensino usam a distro para promover o software livre e ensinar em salas de aula. Isso ajuda muito na popularidade do Fedora, criando fãs e curiosos que precisam comer mais e mais informações sobre o mundo Linux.

Fui até o site da distribuição ( http://www.projetofedora.org ) e baixei a ISO e queimei em um DVD e mandei bala no PC. A instalação requer um pouco de atenção, porque o idioma é o inglês, mas pode ser resolvido se você baixar o pacote de idiomas e reiniciar o Live-CD. Nada de complicação se você já tem intimidade em fuçar em seu PC.

Há dois ambientes gráficos para escolher, o Gnome e KDE. Escolhi o ambiente gráfico KDE para variar, porque no Ubuntu uso o Gnome já tem muito tempo. Não vou negar que nunca fui com a cara do KDE, mas a versão 4 está mais atraente e não me deixou perdido como achei que ficaria. Percebi que o KDE é bem mais fominha de recursos que o Gnome, consumindo no final da instalação e atualização 1GB RAM mole mole.
Claro, que tem muito haver com a arquitetura que a distribuição foi projetada, porque o Ubuntu é projetado para computadores a partir de i386, enquanto o Fedora é para i586.

Resolvi deixá-lo com tudo que instalei no ubuntu e ver as semelhanças e diferenças. Fiquei logo xingando tudo por conta da falta de suporte ao formato mp3 e outros formatos proprietários. Já viu amante de música ficar sem o volume no talo? :) Mas tudo tem uma solução e fiquei muito à-vontade com a distribuição.

Fedora é uma grande distribuição Linux e suas possibilidades estarão sendo postadas aqui no meu espaço. Espero conhecer muito sobre ela e levar a vocês um pouco que aprendo todos os dias.





domingo, 15 de novembro de 2009

VIM - Aprendendo editor em modo Texto no Linux - Parte 1



Muitos usuários quando começam em Linux se deparam com um baita problema quando o assunto é editar arquivos do sistema em modo texto. As soluções existem e se chamam vi, vim ou elvis. :)

Nomes estranhos e talvez uma homenagem sem querer ao rei do Rock (Rock and Roll forever!!!), mas o importante é que temos a solução, que requer um pouco de treinamento para dominar a ferramenta sem ferrar seu sistema. Vou passar o basicão que consegue salvar a vida em casos extremos.

Instalando o Vim

Por padrão todas as distribuições Linux possuem o editor Vi, mas fiz essa matéria baseando-se no Vim, que nada mais é, um vi melhorado. Muita coisa aqui pode ser usada no vi, vai depender do seu instinto de fuçador.Caso alguém não consiga usar os comandos aqui no vi podem comentar.

Instalando o vim em Debian(terminal como root):
apt-get install vim

Instalando o vim em Fedora(terminal como root):
yum install vim

1.0 - Um arquivo de teste para bangunçar

Primeiramente precisamos criar um arquivo de texto com um monte de besteiras para editarmos, depois vamos abrir um terminal e navegar até o diretório onde está o arquivo criado. Para abri-lo no vim dê o comando: vim nome_do_arquivo

1.1 - Vim Modo normal

No modo normal não é possível inserir caracteres no arquivo sem os comandos certos, mas podemos apagá-los e mover o cursor entre linhas.

Movendo-se no modo normal

L = move para direita
K = move para cima
H = move para esquerda
J = move para baixo


Obs: As quatro teclas estão lado a lado no teclado, facilitando o treinamento.

Deletando

x = deleta caractere selecionado com o cursor
dw = apaga do curso até o fim da palavra, incluindo os espaços
de = apaga do cursor até o fim da palavra
d$ = apaga do curso até o fim da linha
dd = deleta uma linha inteira
[n]dd = deleta várias linhas, onde "n" é a quantidade numérica.
Exemplo: 6dd = apaga 6 linhas inteiras
3dd = apaga 3 linhas inteiras

Desfazendo e restaurando ultimas edições

u = desfaz ultima edição (comando undo)
U = restaura a linha inteira
Ctrl+r (segurando Ctrl e digitando r) = desfaz os comandos undos


p = Comando put (colocar)
O comando put é usando para colocar uma linha removida com o dd em outra linha. É como se fosse um recortar e colar, onde você recorta com o comando "dd' e cola com o "p".

r = comando replace
No modo normal você pode corrigir os erros de edição com o comando "r" (replace). Coloque o cursor sobre o erro e digite "r", depois digite a correção.

Exemplo: ronato (Meu nome está errado, então coloque o cursor sobre a letra "o" e digite r(replace), depois digite "e")

c = comando chance e seus parâmetros (mudar)

cw = O comando "cw" possibilita editar uma palavra começando pelo cursor
Exemplo: Trenzonhi (coloque o cursor na letra "o" e dê o comando cw para editar o restante da palavra)
Resultado: Trenzinho :)

c$ = Possibilita corrigir o restante da linha partindo do erro

Exemplo: Eu só uxo Windows porque minha irmanzinha gosta do novo Windows Live Messenger. (pare o cursor no erro da primeira linha de dê o comando)

Eu só uso Microsoft quando preciso jogar Resident Evil 5 e matar uns locos com carabina. (escreva agora como na segunda linha. srsrrsrs)

i = entra em modo de inserção


1.2 - Modo de inserção

O modo de inserção é a opção onde você entrar com os caracteres para editar os arquivos. Repare que as teclas hjkl serão usadas nesse modo como qualquer outra na inserção de texto.

Para entrar em modo de inserção digite a letra i em modo normal.

Obs: Como vou saber se estou em modo normal ou inserção? Quando se está em modo se inserção, no final do editor aparece a mensagem --INSERÇÃO--, enquanto no modo normal não aparece nada.

Usando as setas

seta cima = move o cursor para cima
seta baixo = move cursor para baixo
seta esquerda = move cursor para esquerda
seta direita = move cursor para direita

enter = pula uma linha
space = avança
backspace = retorna

Entrando e saindo do Vim

[esc]:q![enter] = sai do modo de inserção e do editor vim sem salvar

[esc]:wq[enter] = sai do modo de inserção do editor vim salvando as alterações

Finalizando

Pouco? Vou postar mais sobre o editor vim na próxima.