Quando alguém fala em Linux já vem na cabeça um monte de idéias preconcebidas. Muitos vão dizer que é muito difícil usar, outros vão se queixar de sua complexidade. Na verdade em partes pode ser verdade, em outra há também a cultura Microsoft que dita as regras em desktops. Minha idéia é esclarecer os pontos fortes desse incrível sistema operacional, com sua história ainda jovem se comparado com os sistemas operacionais da Microsoft.
Linux surgiu da fusão de Linus Torvalds e Unix. Linus Torvalds um finlandês que cursava Ciências da Computação na Finlândia, foi o responsável por apresentar o Linux ao mundo em 1991. Unix é um sistema operacional de grande porte.
Em 1960 foi projetado um sistema operacional chamado Multics. Esse sistema foi projetado pelo Massachusets Institute of Technology (MIT), pela General Eletric (GE) e pelos laboratórios Bell (Bell Labs) e American Telephone na Telegraph (AT&T). O Multics foi projetado para que vários usuários usassem os recursos de um único computador. Esse sistema era o mais parrudo da época. Em 1969 os computadores GE645 utilizavam o sistema operacional Multics.
A Bell Labs se retirou do projeto depois. Mas um pesquisador que trabalhava lá não desistiu e continuou sozinho o projeto com alma e coragem. Seu nome era Ken Thompsom. Ele não só deu continuidade ao projeto, projetando em cima do que já existia algo novo e renovado. Pegou o antigo Multics e transformaou ele em algo menor com as mesmas idéias básicas do sistema. Apartir daí, começou a saga do sistema operacional UNIX. Brian Kernighan, outro pesquisador da Bell foi quem batizou o novo sistema com esse nome.
Em 1973, outro pesquisador da Bell Labs, Dennis Ritchie, reescreveu todo o sistema Unix em uma linguagem de programação de alto nível, chamada linguagem C, desenvolvida por ele mesmo. A linguagem C é uma poderosa linguagem de programação, por causa disso, o novo sistema passou a ter grande aceitação por usuários externos à Bell Labs.
Entre 1977 e 1981, a AT&T, alterou o Unix, fazendo algumas mudanças particulares e lançou o System III. Em 1983, após mais uma série de modificações, foi lançado o conhecido Unix System IV, que passou a ser vendido. Até hoje esse sistema é usado no mercado, tornando-se o padrão internacional do Unix. Esse sistema é comercializado por empresas como IBM, HP, Sun, etc. O Unix é um sistema operacional muito caro e é usado em computadores poderosos (como mainframes) por diversas multinacionais. Na verdade o UNIX não é para usuários comuns, seria como se você tentasse conversar com um Árabe ou Chinês. Sua complexidade é para profissionais que precisam de muito poder de processamento. Profissionais não precisam de cores e janelinhas bonitinhas.
Para responder essa pergunta, é necessário falar de outro sistema operacional, o Minix. O Minix é uma versão do Unix, porém, gratuita e com o código fonte disponível. Isso significa que qualquer programador experiente pode fazer alterações nele. Ele foi criado originalmente para uso educacional, para quem quisesse estudar o Unix "em casa". No entanto, vale citar que ele foi escrito do “zero” e apesar de ser uma versão do Unix, não contém nenhum código da AT&T e por isso pode ser distribuído gratuitamente.
A partir daí, “entra em cena” Linus Torvalds. Ele era um estudante de Ciências da Computação da Universidade de Helsinki, na Finlândia e em 1991, por hobby, Linus decidiu desenvolver um sistema mais poderoso que o Minix. Para divulgar sua idéia, ele enviou uma mensagem a um grupo pela Usenet (uma espécie de antecessor da Internet). A mensagem pode ser vista no final deste artigo. No mesmo ano, ele disponibilizou a versão do kernel (núcleo dos sistemas operacionais) 0.02 e continuou trabalhando até que em 1994 disponibilizou a versão 1.0. Até o momento em que este artigo estava sendo escrito, a versão atual era a 2.6.
O Linux é um sistema operacional livre e é uma re-implementação das especificações POSIX (padronização da IEEE, Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica) para sistemas com extensões System V e BSD. Isso significa que o Linux é bem parecido com Unix, mas não vem do mesmo lugar e foi escrito de outra forma.
Linus Torvalds, quando desenvolveu o Linux, não tinha a intenção de ganhar dinheiro e sim fazer um sistema para seu uso pessoal, que atendesse suas necessidades. O estilo de desenvolvimento que foi adotado foi o de ajuda coletiva. Ou seja, ele coordena os esforços coletivos de um grupo para a melhoria do sistema que criou. Milhares de pessoas contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux, simplesmente pelo prazer de fazer um sistema operacional melhor.
Licença GPL
O Linux está sob a licença GPL, permite que qualquer um possa usar os programas que estão sob ela, com o compromisso de não tornar os programas fechados e comercializados. Ou seja, você pode alterar qualquer parte do Linux, modificá-lo e até comercializá-lo, mas você não pode fechá-lo (não permitir que outros usuários o modifiquem) e vendê-lo.
GNU
Mas, o kernel por si só, não é usável. O kernel é a parte mais importante, pois é o núcleo e serve de comunicador entre o usuário e o computador. Por isso, com o uso de variantes dos sistemas GNU junto com o kernel, o Linux se tornou um sistema operacional.
Mas você pode ter ficado confuso agora. O que é o Linux então? O que é GNU? Simplesmente, várias pessoas usam umas versões modificadas dos sistemas GNU, pensando que é o Linux em si. Os programadores que trabalham com ele, sabem que o Linux, é basicamente o kernel, conforme já foi dito, mas todos chamam esse conjunto de Linux (há quem defenda o uso de GNU/Linux).
Finalizando, o projeto GNU é um dos responsáveis pelo sucesso do Linux, pois graças à “mistura” de seus programas com o kernel desenvolvido por Linus Torvalds, o Linux vem mostrando porque é um sistema operacional digno de habilidades insuperáveis por qualquer outro sistema.
blz de post renato,show d bola!
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